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FOB comemorou 61 anos

No dia 17 de maio, a Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da Universidade de São Paulo (USP) completou 61 anos de sua fundação.

O aniversário foi comemorado às 8h, no saguão de entrada da Faculdade, com hasteamento das bandeiras, execução do Hino Nacional e boas-vindas dos dirigentes do campus.

Atualmente a professora doutora Marília Afonso Rabelo Buzalaf é a diretora da FOB e o vice-diretor é o professor doutor Carlos Ferreira dos Santos, que também exerce o cargo de superintendente do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da USP.

Ensino, pesquisa e extensão

“A FOB tem desempenhado com excelência as atividades-fim da Universidade, que englobam o ensino, a pesquisa e a extensão de serviços à comunidade” afirma a diretora da Faculdade.

Segundo Buzalaf “no ensino de graduação, temos dois cursos muito bem consolidados, o de Odontologia (com 61 anos) e o de Fonoaudiologia (com 32 anos), que são destaque na formação de profissionais de grande qualificação técnica, científica e humanística, atuando em todo o país. O final desse ano trará um marco histórico para a FOB no ensino, que é a graduação da primeira turma do nosso curso de Medicina, iniciado em 2018”.

A pós-graduação da FOB tem formado docentes e cientistas premiados, que têm conseguido ótimas inserções no mercado de trabalho não só na academia, mas também em outros setores, no Brasil e no exterior.

A diretora acrescenta ainda, que a pesquisa é um ponto alto na FOB, já que uma grande porcentagem dos docentes se destacam entre os melhores pesquisadores do mundo em sua área do conhecimento.

“Como universidade pública, financiada pelos impostos pagos pela população paulista, não podemos deixar de dar nossa contribuição direta à sociedade, o que fazemos pelo atendimento odontológico e fonoaudiológico direto à população da DRS-VI (envolvendo 68 municípios da nossa região), por meio de um convênio com a Secretaria Estadual da Saúde, além de vários outros programas de extensão pelos quais levamos atendimento a populações carentes” informa Marília Buzalaf.

Gestão

Marília Buzalaf esclarece que sua gestão juntamente com o professor Carlos Ferreira dos Santos tem sido pautada pelo diálogo, transparência e incentivo à meritocracia.

“Somos muito abertos a ouvir os anseios da nossa comunidade e procuramos atendê-los, sempre que possível. Fiéis ao nosso plano de gestão, temos conseguido reconhecer e incentivar servidores docentes e técnico-administrativos que têm se destacado em atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária. Isso faz com que os servidores trabalhem cada vez com maior motivação e é fundamental para a retenção de talentos”.

Internacionalização e saúde mental

A diretora acrescenta que “também incentivamos intensamente as atividades de internacionalização, tanto dos nossos discentes quanto dos nossos docentes, assim como estamos trabalhando para expandir os convênios com instituições estrangeiras. Preocupados em melhorar a saúde mental da nossa comunidade, particularmente afetada durante e após a pandemia, implementamos no campus o Centro Cuidar, que tem desenvolvido importantes ações preventivas, as quais deverão se intensificar com o tempo”.

Desafios

Na gestão de Marília Buzalaf existem dois grandes desafios iminentes caminhando juntos que são a criação da Faculdade de Medicina de Bauru (FMBRU) e a conversão das atividades acadêmicas do HRAC em um Centro Especializado da FOB.

No primeiro caso foi estabelecido um grupo de trabalho, presidido pelo professor Tales de Nadai, o qual ela participa, que tem 60 dias, a contar de 11 de maio para entregar para o reitor a proposta para a criação da Faculdade de Medicina.  Caso o reitor aprove essa proposta, a mesma será submetida ao Conselho Universitário (CO) para aprovação, sendo que há necessidade de aprovação por 2/3 dos membros do Conselho, por se tratar de criação de nova Unidade de Ensino.

“Seria muito bom se a Faculdade fosse criada antes de 10 de novembro, data prevista para a colação de grau da primeira turma do curso de Medicina. Estamos trabalhando nesse sentido” afirma Buzalaf.

A diretora informa que o segundo desafio envolve a organização das atividades acadêmicas do HRAC (que são inúmeras) em um Centro Especializado da FOB. No momento, foi elaborado um grupo de trabalho, presidido pela professora doutora Daniela Gamba Garib Carreira, para elaborar uma minuta que discipline as atividades deste Centro.

Histórico, graduação e pós-graduação

 A FOB integra o campus da USP de Bauru com o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) e a Prefeitura do Campus USP de Bauru (PUSP-B).

Criada em 1948, a FOB foi implantada em 1962 e conta com cursos nas áreas de Odontologia, Fonoaudiologia e Medicina, e já formou 61 turmas de cirurgiões-dentistas e 33 turmas de fonoaudiólogos até 2022.

Isso resultou na formação de 2.665 cirurgiões-dentistas e 824 fonoaudiólogos. Aprovado pelo Conselho Universitário (Co) da USP em julho de 2017, foi criado o curso de Medicina no campus de Bauru, com 60 vagas, que atualmente conta com 6 turmas, e no final de 2023 vai graduar a sua primeira turma.

Nos cursos de graduação em Odontologia, Fonoaudiologia e Medicina a FOB tem 690 alunos matriculados. 193 no Curso de Odontologia, 152 no Curso de Fonoaudiologia e 345 no Curso de Medicina.

Na pós-graduação a FOB formou 2074 mestres e 1086 doutores, que integram os quadros docentes de diversas escolas de odontologia e fonoaudiologia do Brasil e do exterior.

Na pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) tem 372 alunos matriculados em cursos nas áreas de odontologia e fonoaudiologia, sendo 159 alunos de mestrado e 213 alunos de doutorado.

Constituída por 6 departamentos de ensino, a FOB conta com 128 docentes, a maioria em tempo integral e 207 servidores técnico-administrativos, operacionais e técnicos.

Foto: Fachada da FOB-USP

Crédito da foto: Alexandre A.P. Montilha (Seção de Tecnologia Educacional da FOB-USP)

 Jornalista Marianne Ramalho (MTb. 15.744)